O 'SobretudoPoesia' é um momento, um instante, onde posso falar, gritar ou simplesmente silenciar e, no fim, será poesia. A poesia é subjetiva, é amiga, companheira das horas mais alegres e das mais fúnebres. Passei uns dois anos sem postar. Volto agora, na tentativa de não parar. Poesia e ponto final! Sobretudo, poesia. Bora embarcar nessa viagem? Lê aí e me diz o que acha, ok? Poesia. Força que brota da alma, exteriorização dos sentimentos imanentes e emanentes mais profundos do ser humano
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
A saudade é um lugar
Ele foi chegando em casa...
Passou as casas, viu os vizinhos em família.
E tudo o que o coração dele queria era o sorriso daquele homem ali, no portão, esperando por ele.
Ou ainda, ouvir aquela frase: "E você já chegou? Não deu o toque do terminal não?"
Chegou.
Garagem escura.
Ninguém esperando.
Como na noite anterior....
E na anterior....e na outra.
"A saudade é um lugar
Que só chega quem amou" Contrários - Pe. Fábio de Melo
sábado, 25 de agosto de 2012
Mais uma página
Aquele homem, com seus olhos castanhos claros marejados, olhou-me de forma severa, mas terna e disse:
- É meu filho. Quando senti a dor no peito,aí eu disse: 'Pronto. Vou morrer sem ver mais minha família'.
E aquilo me doeu tanto por dentro.
Quis poder voar com ele dali. Pagar o melhor local, a melhor clínica do mundo pra ele. Mas eu nada podia fazer.
Um sentimento de total incapacidade, de impotência mesmo, tomou conta do meu coração, do meu interior e se traduziu em lágrimas. Choro reprimido e expelido minutos depois, perto de um banheiro imundo daquele lugar.
Tinha que ser forte por ele ( ou por mim. Ou por ambos)
Voltei. Olhei nos olhos dele e disse:
-Vai ficar tudo bem. É só ter fé.
Ao meu redor, milhares de macas passavam, com pessoas, ou restos delas. Era uma visão triste tudo aquilo meu Deus!
Enfim, os que faltavam chegaram e adentraram o quarto.
Foi festa como há tempos não fazíamos.
Foi festa, até o momento de ir embora.
Por Jefferson Oliveira
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Veja: Tá na Caras
Eles não querem evolução.
Preferem continuar cegos e participar desta fábula idiota de cegos guiando cegos.
Ilária e maldosa piada!
Estes pensam pequeno, se fecham e são senhores da razão.
Pena!
A outra classe de "eles" nos quer idiotas.
Querem que prefiramos a Tv. Os livros? Pra quê, não é mesmo?
Eles nos vêem, nos enxergam apenas em época de campanha eleitoral.
Somos apenas colégio, curral eleitoral.
Levantamos bandeiras, somos movidos por paixões,
gritamos 'gol!', brigamos pelo 'nosso brother'.
Mas já não se vê jovens saindo às ruas com a cara pintada.
Tampouco se vê jovens pesquisando sobre os candidatos em tempos de eleição.
Cito aqui uma música da banda Engenheiros do Hawaii:
"Eles querem te vender, eles querem te comprar
Querem te matar de rir, querem te fazer chorar
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?"
Numa outra parte, Humberto Gessinger canta:
"Querem te deixar com sede
Não querem te deixar pensar
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?"
Você também vê tudo isso?
Veja: Tá na Caras.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Tiros de versos
Humanos são complicados. As máquinas, simples , concertáveis e dignas.
Não dialogo com pedra, nem com ouvido de mercador.
Faço caras e bocas pra quem me martirizou.
Lanço a fala e a seta sem medo da consequência.
Ato pensado e falado, medido com a experiência.
Me faço de louco e de outros tantos,
Me mostro pecador e um pouco santo.
Rio das minhas besteiras e das loucuras sacras dos outros.
Minha bússola é instinto, meu acreditar já é extinto.
Me jogo na linha de tiro, se nela 'tá' meu amor,
Das dores já aprendi tanto que posso ser professor
Luto até a morte por aqueles que admiro,
Sou cabra forte e valente, da luto não me retiro.
Por Jefferson Oliveira
Van Gogh
Não dialogo com pedra, nem com ouvido de mercador.
Faço caras e bocas pra quem me martirizou.
Lanço a fala e a seta sem medo da consequência.
Ato pensado e falado, medido com a experiência.
Me faço de louco e de outros tantos,
Me mostro pecador e um pouco santo.
Rio das minhas besteiras e das loucuras sacras dos outros.
Minha bússola é instinto, meu acreditar já é extinto.
Me jogo na linha de tiro, se nela 'tá' meu amor,
Das dores já aprendi tanto que posso ser professor
Luto até a morte por aqueles que admiro,
Sou cabra forte e valente, da luto não me retiro.
Por Jefferson Oliveira
Van Gogh
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