segunda-feira, 2 de junho de 2014

Dispersão

Encontro-me e disperso. Lá fora, longe do barulho singelo e ensurdecedor do ar-condicionado da sala onde estou, uma cidade grita, louca, um caos, uma paz, um tudo e um nada. Pessoas que correm a vida inteira e não caminham nem metade dela. Disperso-me, parto-me.

Nos meus pensamentos, a música, o som, e a pergunta retórica (cheia de subjetividade e pulsação): O que veio primeiro? O antes ou o depois? O agora ou o amanhã? Nos barulhos mínimos que seguem na sala fria, uma canção me quebra em mil, me desconstrói, pra depois me (re)construir.
#Transição de uma hora para outra. Um segundo e já é hora, nova hora.

A pergunta do que veio primeiro de repente me remete a outra pergunta: Por que temos a necessidade de questionar tudo? Será que pulsa em nós uma inquietação? Passamos a vida (nos) perguntando sobre tudo.