Ela era força, era garra, coragem pura.
Heroína, guerreira do cotidiano.
Guria nas ruas, pequena enorme mulher.
Mulher nas ruas, mulher em casa.
Heroína!
Repito: HE-RO-Í-NA!
Ela não fazia parte da "nave BBB" ou tinha nome artístico.
Não era pêra, maçã ou melancia.
Não era "fruta", não era heroína à la BBB.
A sociedade não se importava com a sua história.
De onde veio,pra onde iria ou o que já sofreu os transeuntes não queriam saber.
Não se importavam.
Se importam com o fulano que "ficou" com a fulana na bendita, amada casa, nave de heróis.
Mas não dão a mínima para aquela mulher que elês nem vêem.
Portanto, como olhar o que não se vê.
Era a força do povo correndo nas veias de uma mulher.
Era a luta do mais simples representada no rosto dela.
Ela era catadora de papelão. Mãe de cinco filhos.
Maria das flores, flores que nunca viu.
Das dores, constantes no dia-a-dia.
Das dores, fosse de fome, fosse, fosse, ela foi-se.
Maria das dores, dores não mais terá.
Faleceu.
"Bala de polícia moço. Vi 'tudim'. A coitada roubou os pão pra dá pros filho. Me diga:
Ela era culpada por querer comer moço?"
Flores pra Das dores. Direito a epitáfio não teve.
O 'SobretudoPoesia' é um momento, um instante, onde posso falar, gritar ou simplesmente silenciar e, no fim, será poesia. A poesia é subjetiva, é amiga, companheira das horas mais alegres e das mais fúnebres. Passei uns dois anos sem postar. Volto agora, na tentativa de não parar. Poesia e ponto final! Sobretudo, poesia. Bora embarcar nessa viagem? Lê aí e me diz o que acha, ok? Poesia. Força que brota da alma, exteriorização dos sentimentos imanentes e emanentes mais profundos do ser humano
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